fonte: CREMERJ
Diante da grave situação enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro, o CREMERJ anunciou que pediria intervenção nas unidades de saúde estaduais pelo Governo Federal para manutenção de funcionamento das mesmas. O pedido de intervenção, no entanto, foi negado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante encontro realizado nesta quinta-feira, 17, em Brasília, que contou com presença do conselheiro Sidnei Ferreira, também membro do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na ocasião, foi entregue um relatório completo com as várias fiscalizações realizadas pelo CREMERJ. O ministro, entretanto, vetou qualquer proposta ou solução imediata para os problemas enfrentados pela Saúde e afirmou que os repasses continuarão sendo feitos, como de costume.
Durante o encontro, Sidnei Ferreira apresentou um panorama da saúde do Rio de Janeiro, ressaltando que não só as unidades estaduais apresentam problemas graves, mas também as municipais e federais devido à crise financeira do Estado, comprometendo o trabalho dos médicos e a assistência à população.
“O Hospital Universitário Pedro Ernesto, por exemplo, não está conseguindo manter seus atendimentos e cumprir sua missão de ensino, pesquisa, extensão e assistência, tão importantes para a graduação e residência, tendo o atendimento a transplantes e doenças crônicas e complexas, diminuídos drasticamente ou suspensos. Pacientes com doenças endócrinas, cardíacas e onco-hematológicas seguem sem acompanhamento adequado e as mortes e sequelas se sucedem. Ainda assim, mesmo diante das condições precárias de trabalho e desabastecimento de insumos, médicos e outros profissionais da área seguem tentando prestar a melhor assistência possível”, disse Sidnei Ferreira.